terça-feira, 13 de julho de 2010
Resende Costa - o Inconfidente
JOSÉ DE RESENDE COSTA, o Inconfidente pai, filho de Helena Maria de Jesus e João de Resende Costa, foi Capitão do Regimento da Cavalaria Auxiliar de São José do Rio das Mortes, nasceu em 1728 em Prados, casou-se com ANA ALVES PRETTO, açoriana, filha de Dom Diogo de Lara. Morava na Fazenda Campos Gerais no arraial de Lage, MG, cidade que hoje leva seu nome (Resende-Costa). Por envolvimento na Inconfidência Mineira, foi, junto com seu filho, condenado ao degredo em Bissau, na Guiné Portuguesa. Foi conduzido para o degredo em 24-06-1792 as bordo da fragata Golfinho juntamente com seu filho Conselheiro Jose de Resende Costa e mais dois companheiros. Faleceu na Ilha de São Tiago de Cabo Verde na África com 72 anos, onde exerceu o ofício de contador e inquiridor entre outros. Seus ossos foram transladados para o Brasil a pedido de seus familiares. O Dr. Nelson Massini e Eduardo Daruge participaram da reconstituição dos ossos da face do Inconfidente Capitão José de Rezende Costa.
O Barão de Bertioga
JOSÉ ANTONIO DA SILVA PINTO, o “Barão de Bertioga”, filho do Capitão Elias Antonio da Silva Resende e Ana de Jesus Gois e Lara, nasceu em 1773 em Lagoa Dourada e faleceu em 06 de maio de 1870 em Juiz de Fora. Casou-se com MARIA JOSÉ MIQUELINA DE BARBOSA, falecida em 1863. filha de Francisca Santiago e Clara Maria Barbosa. Proprietário da fazenda Soledade em Matias Barbosa, José Antonio foi um dos fundadores da cidade de Juiz de Fora, sendo ali vereador. Fundador, ainda, da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Era comendador da Imperial Ordem de Cristo. Recebeu o título de barão por decreto imperial em 16 de maio de 1861.
Helena Maria de Jesus
HELENA MARIA DE JESUS, “A Terceira Ilhoa”, nascida em 15 de janeiro de 1710 na Freguesia de Nossa Srªa das Angústias, faleceu em Prados no dia 19 de março de 1771. Casou-se no dia 03 de outubro de 1726 em Prados com JOÃO DE RESENDE COSTA, nascido em 1699 na Vila do Porto, Ilha de Santa Maria em Açores e, falecido em 08 de março de 1758 em Prados, era filho de Manuel de Resende e Anna da Costa.
Por volta de 1720, João de Rezende Costa foi informado que Portugal estava tentando conseguir povoadores para colonizar o Brasil, pois estava sentindo-se ameaçado pela Espanha, que polemizava a respeito das terras ao Sul do Brasil. E, para isso, estava arrebanhando voluntários, principalmente nas Ilhas dos Açores, já excessivamente povoadas. Com a recente morte de seus pais, e não vislumbrando chances de se desenvolver lá, pois os bens deixados por eles seriam insuficientes para si e um irmão casado, decidiu vir para o Brasil. Segundo a autora do livro “Engenho Velho dos Cataguás”, Climéia Rezende Jafet, que romanceia admiravelmente a epopéia desta família, uma embarcação partiu rumo ao Brasil, juntando gente de Pico, Faial e Santa Maria, e nela estavam João e Diogo Garcia, entre muitos outros. Depois de dois meses de viagem, ambos decidiram que iriam para a Comarca do Rio das Mortes, nos sertões de Cataguases. Desembarcaram no Rio de Janeiro e tomaram o Caminho Novo, atravessaram serras e transpuseram a Mantiqueira. Diogo Garcia estabeleceu-se em um sítio na Freguesia de Nossa Senhora do Pilar (hoje São João Del Rei) e João de Rezende Costa estabeleceu-se na Freguezia de Prados, no território da então Capela de Santo Antônio de Lagoa Dourada, hoje município de Lagoa Dourada. Por essa época, faleceu nos Açores, na Ilha de Faial, vítima de um acidente em pesca de baleias, o amigo de Diogo Garcia, Manuel Gonçalves Correia, o “Burgão”, deixando viúva Maria Nunes. A viúva e suas três filhas, hoje popularmente chamadas de “As Três Ilhoas”, por influência do amigo Diogo, decidiram vir para o Brasil, e especificamente para as Minas Gerais. E Diogo, ainda muito triste com a morte do amigo Manuel Gonçalves Correia, é quem foi ao Rio de Janeiro para receber a família e ciceroneá-la até à região onde estava instalado. Em seu romance acima citado, Climéia narra que um dia Helena Maria venceu a timidez e perguntou a João de Resende Costa o por quê do nome da fazenda, ao que ele respondeu que havia encontrado, nas terras que comprara e cultivava, duas pedras encaixadas sobre uma maior que tinha a forma de cuia e que imaginou ser um moinho ou engenho para fazer farinha de milho ou de mandioca. Por isso o nome da Fazenda Engenho Velho. Helena começou a admirar aquele homem tão sensível que não se envergonhava disso. Pouco a pouco seu interesse foi crescendo, ao ver a vontade e o vigor com que ele se atirava ao trabalho, ao cultivo da sua terra. E ele, sem notar de imediato, apegava-se à moça loura, cujos olhos verdes lhe passavam doce mensagem de apreço. E numa manhã ensolarada de outubro, casavam-se João e Helena, conforme esta certidão:
“Aos 03 dias do mês de outubro de 1726, feitas as denunciações na forma do sagrado concílio Tridentino e não resultando impedimento algum, de manhã, nesta Freguezia Matriz de Nossa Senhora da Conceição dos Prados, em minha presença se receberam com palavras de presente procedendo provisão do reverendo vigário da Vara da comarca, João de Rezende Costa, filho legítimo de Manuel de Rezende e de sua mulher , Anna da Costa, já defuntos, natural da Ilha de Santa Maria, batizado na Freguezia de Assunção, bispado da dita Ilha, com Elena Maria de Jesus, filha legítima de Manuel Gonçalves e de sua mulher Maria Nunes, naturais da Ilha de Faial, batizada na Freguezia de nossa Senhora das Angústias da mesma Ilha. Foram testemunhas o Capitão - Mor, Manoel Gonçalves Viana, Miguel da Costa Pereira , Maria da Assunção e Júlia Maria da Caridade, todos moradores nesta dita freguezia, e logo lhes dei as bênçãos conforme os ritos e serimônias da santa Madre Igreja de que tudo fiz este termo que por verdade assinei dito dia, mês e era ut supra. O vigário José Pacheco Pereira de Vasconcelos”.
Por volta de 1720, João de Rezende Costa foi informado que Portugal estava tentando conseguir povoadores para colonizar o Brasil, pois estava sentindo-se ameaçado pela Espanha, que polemizava a respeito das terras ao Sul do Brasil. E, para isso, estava arrebanhando voluntários, principalmente nas Ilhas dos Açores, já excessivamente povoadas. Com a recente morte de seus pais, e não vislumbrando chances de se desenvolver lá, pois os bens deixados por eles seriam insuficientes para si e um irmão casado, decidiu vir para o Brasil. Segundo a autora do livro “Engenho Velho dos Cataguás”, Climéia Rezende Jafet, que romanceia admiravelmente a epopéia desta família, uma embarcação partiu rumo ao Brasil, juntando gente de Pico, Faial e Santa Maria, e nela estavam João e Diogo Garcia, entre muitos outros. Depois de dois meses de viagem, ambos decidiram que iriam para a Comarca do Rio das Mortes, nos sertões de Cataguases. Desembarcaram no Rio de Janeiro e tomaram o Caminho Novo, atravessaram serras e transpuseram a Mantiqueira. Diogo Garcia estabeleceu-se em um sítio na Freguesia de Nossa Senhora do Pilar (hoje São João Del Rei) e João de Rezende Costa estabeleceu-se na Freguezia de Prados, no território da então Capela de Santo Antônio de Lagoa Dourada, hoje município de Lagoa Dourada. Por essa época, faleceu nos Açores, na Ilha de Faial, vítima de um acidente em pesca de baleias, o amigo de Diogo Garcia, Manuel Gonçalves Correia, o “Burgão”, deixando viúva Maria Nunes. A viúva e suas três filhas, hoje popularmente chamadas de “As Três Ilhoas”, por influência do amigo Diogo, decidiram vir para o Brasil, e especificamente para as Minas Gerais. E Diogo, ainda muito triste com a morte do amigo Manuel Gonçalves Correia, é quem foi ao Rio de Janeiro para receber a família e ciceroneá-la até à região onde estava instalado. Em seu romance acima citado, Climéia narra que um dia Helena Maria venceu a timidez e perguntou a João de Resende Costa o por quê do nome da fazenda, ao que ele respondeu que havia encontrado, nas terras que comprara e cultivava, duas pedras encaixadas sobre uma maior que tinha a forma de cuia e que imaginou ser um moinho ou engenho para fazer farinha de milho ou de mandioca. Por isso o nome da Fazenda Engenho Velho. Helena começou a admirar aquele homem tão sensível que não se envergonhava disso. Pouco a pouco seu interesse foi crescendo, ao ver a vontade e o vigor com que ele se atirava ao trabalho, ao cultivo da sua terra. E ele, sem notar de imediato, apegava-se à moça loura, cujos olhos verdes lhe passavam doce mensagem de apreço. E numa manhã ensolarada de outubro, casavam-se João e Helena, conforme esta certidão:
“Aos 03 dias do mês de outubro de 1726, feitas as denunciações na forma do sagrado concílio Tridentino e não resultando impedimento algum, de manhã, nesta Freguezia Matriz de Nossa Senhora da Conceição dos Prados, em minha presença se receberam com palavras de presente procedendo provisão do reverendo vigário da Vara da comarca, João de Rezende Costa, filho legítimo de Manuel de Rezende e de sua mulher , Anna da Costa, já defuntos, natural da Ilha de Santa Maria, batizado na Freguezia de Assunção, bispado da dita Ilha, com Elena Maria de Jesus, filha legítima de Manuel Gonçalves e de sua mulher Maria Nunes, naturais da Ilha de Faial, batizada na Freguezia de nossa Senhora das Angústias da mesma Ilha. Foram testemunhas o Capitão - Mor, Manoel Gonçalves Viana, Miguel da Costa Pereira , Maria da Assunção e Júlia Maria da Caridade, todos moradores nesta dita freguezia, e logo lhes dei as bênçãos conforme os ritos e serimônias da santa Madre Igreja de que tudo fiz este termo que por verdade assinei dito dia, mês e era ut supra. O vigário José Pacheco Pereira de Vasconcelos”.
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